Fim de ano, natal e ano novo chegando, muita alegria e festa com os amigos, familiares...e nada melhor para entrar no ritmo das celebrações que ótimos drinks preparados com a boa e conhecidíssima vodka!! A agência Producto Popdesenvolveu uma maleta super útil e portátil, feita para os barman de plantão mostrarem seu serviços nas festas comemorativas e em outras ocasiões, claro.
A maleta lembra aquelas de filme, com senha para abrir e acolchoada por dentro. Seria um presente interessante de natal para um irmão, pai, vizinho...se não fosse por um pequenino detalhe: não está a venda. Pelo menos aqui no Brasil. Mas nada nos impede, como consumidores e admiradores desse belo produto, de criar uma campanha para pedir o lançamento da maleta aqui em terras cariocas!
E aproveitando para sonhar mais um pouco, a mesma agência criou também copos de drinks para a Smirnoff e que, na minha opinião, estão muito bonitos. Compraria os três se achasse um local de venda!
Ainda no clima de festa, mas voltando para a nossa boa e velha realidade brasileira, nada melhor para combinar com esse clima do que uns ótimos drinks preparados com a boa e velha vodka Smirnoff. Mas simplesmente vender a vodka nas prateleiras eria algo tão comum, tão igual ao resto do ano...
E foi pensando nisso que uma loja no Paraná resolveu inovar e criar uma árvore de natal composta de garrafas de vodka e outros produtos Smirnoff. Aparentemente pode parecer simples a ação, mas o impacto visual que provavelmente teve nesta pequena cidade do interior foi absurdo. Pessoas em um mercado são atraídas por arrumações e ornamentos diferentes, e esse é um belo jeito de inovar.
Esse foi um comercial criado pela NBS para a Oi Futuro, o comercial é sobre um programa da oi de levar internet para as escolas públicas. "Propaganda chata! Só fica falando bla bla bla a oi é maravilhosa!" alguns diriam, mas a agencia, dotada de sua criatividade sempre surpreendente e irreverente, deu um jeito de unir um assunto "chato", aos olhos do consumidor comum, com animação, uma forma de comunicação amplamente aceita por todos e vista como "fofinha", "bonitinha", "engraçada", etc.
A narração da historinha criada é simples, mas transmite bem os objetivos do cliente e não cansa o consumidor, já tão bombardeado de outros estímulos ao longo do dia. Com isso, o sucesso se dá pela simplicidade do anúncio, e não pela sua complexidade.
O resultado não podia ser diferente. Um excelente comercial que prova que é possível transmitir uma mensagem séria de forma divertida e irreverente sem, claro, ridicularizar os objetivos do cliente.
Mais um show de criação feito pela NBS, dessa vez para fazer um comercial para crianças. "o Kapo renasceu das cinzas!" foi a minha reação quando vi esse comercial. Sim, pode-se dizer que renasceu, pois está totalmente renovado, não só na embalagem mas também na forma de comunicar-se com seu público. O assunto propaganda para crianças tem gerado polêmicas, debates e discussões não só no Brasil como no mundo.
A CONAR e outros órgãos internacionais proibiram uma série de estratégias quando o assunto é propaganda para a criançada, e as empresas e, principalmente, os publicitários criativos (as vezes carinhosamente chamados de fazedores de milagre) tiveram que mudar radicalmente sua maneira de lidar com o assunto.
Os sabores do suco são estrategicamente mostrados nas árvores da floresta por onde a criança anda, o próprio personagem principal é uma criança....enfim, através de detalhes sutis o comercial continua se comunicando com pais e filhos.
A jogada de mestre mesmo, entretanto, foi um site criado especialmente para divulgar a marca, no qual pai e filho brincariam juntos desvendando o mágico mundo de Kapo. Para quem quiser, vale a pena conferir.
Kibon Kibon....nada como um sorvetinho para aliviar o calor...a marca já existe há umbom tempo e aqui está direto do passado uma propaganda da kibon! A variedade de produtos era mínima, até porque a concorrência também era mínima,.e o que mais me chamou atenção foram os picolés.
Eles eram quadrados e só tinha uma variedade de formato. Sua embalagem chega a lembrar aqueles pirulitos de caramelo (bem idosos também) que eu ganhava quando saía do pediatra...o que se observa também é que desde sempre houve uma preocupação com a identidade visual da marca, mesmo que ela tenha mudado algumas vezes ao longo do tempo....
Kibon é uma marca antiga e extremamente bem posicionada no mercado de hoje. Mesmo que sua identidade visual mude drásticamente amanhã, todos ainda vão reconhecer o produto quando lerem o nome "kibon" e é assim que se identifica uma marca forte.
O comercial de camisinha mais genial na minha opinião. No Brasil não é comum ver comerciais para esse tipo de produto mas em outros países como a França a cratividade não é economizada e o resultado é esse comercial muito engraçado e que o público só entende que fala sobre preservativos no final. Eles conseguiram passar um conceito simples, "minha marca é a melhor de todas", sem falar explícitamente esse clichê das propagandas. O produto só é revelado no final e só no final você entende o objetivo do coemrcial. Simplesmente genial.
Como sempre os comerciais de carro inovando. Dessa vez o Space Fox decidiu inverter uma situação muito comum entre os adolescentes: o "drama" de aparecer na porta da escola com os pais. Tudo parece acontecer conforme o esperado até que o pai decide mostrar que ele é que deveria ter vergonha do filho. Esse tipo de "sermão" deveria ser feito com mais frequencia, os adolescentes se acham os melhores do mundo e escutam lixos como justin bieber, nao tem coragem nem de falar pessoalmente com a menina que ta afim (so pelo facebook), passam a maior parte do tempo em casa jogando videogame de guerra e acham que tocar algum instrumento é coisa de viado.
Hipocrisia ou nao, gostava mais de antigamente, quando cazuza e legião urbana eram musicas da juventude, um adolescente dava uma flor pra amada, sábado era dia de futebol na rua e tocar algum instrumento era ser descolado. As pessoas deveriam parar e pensar no que foi deixado para trás, se vale a penaser resgatado ou não. Deveria ser feita uma campanha para os pais de hoje agirem mais como o pai desse comercial.
O 1º comercial da coca-cola veiculado no Brasil foi lançado por volta de 1957, momento em que JK estava na presidência. Como parte de sua política era voltar o mercado brasileiro para o capital externo, a coca-cola, multinacional em expansão interessada em conquistar o público do país, faz um comercial que usa o apelo à cultura nacional para vender seu produto.
Com isso, a marca acaba, sem querer ou nao, tornando a cultura brasileira um produto de exportação cheio de esteriótipos e conceitos prontos, que, mais tarde, viriam a construir a imagem do Brasil (iniciada por Vargas) no cenário internacional: país das mulheres bonitas, do romance, da música do povo, da viola e do clima tropical.
Em termos mais técnicos, o comercial lembra (e muito) os programas de rádio, que tem um narrador e a história se desenrola a partir do que ele diz. Os instrumentos são apresentados e, depois, quando a música é formada, a cantora fala como a coca-cola é maravilhosa e por isso deve ser consumida. A parte cantada dura mais tempo.
Percebe-se finalmente que o uso de musiquinhas em comerciais televisivos não é novidade; há muito tempo já se percebeu o efeito que tem quando uma música fica na cabeça do consumidor. O tempo passa, as técnicas mudam mas o efeito e os objetivos permanecem os mesmos.
A nova campanha global da Coca Cola "open happiness" teve suas variantes em diferentes países. A primeira propaganda é dos EUA e a segunda do Brasil. Nos EUA eles optaram por usar a cor da embalagem mais famosa da coca: o vermelho e fizeram uma arte bem clean, apesar do movimento das tampinhas a imagem é básica, chama a atenção pela sua monocromia. Já a brasileira, optou por usar a cor do refrigerante em si e fez uma coisa um pouco mais poluída visualmente. Apesar de também ter poucos elementos, seu movimento é maior, o que polui mais a imagem.
O que chama atenção no caso brasileiro é a concentração de marrom do lado direito da imagem e o movimento do refrigerante. A primeira coisa que lemos e "coca-cola" enquanto na americana le-se primeiro "open happiness".
Dá para deduzir finalmente que aqui no Brasil a preocupação é em evidenciar o nome (símbolo) da marca para o consumidor e, nos EUA, talvez porque a marca lá seja bem mais forte que aqui, o importante é ler o novo slogan, pois a cor já lembra a marca.
Nos EUA vende-se prioritariamente as ideias associadas ao produto e no Brasil vende-se prioritariamente o produto em si.
O último comercial da Hope, estrelando a famosa Gisele Bundchen, tem gerado polêmica pois mostra uma mulher símbolo da independência feminina como o esteriótipo da mulher dependente: submissa ao cartão de crédito do marido, que não sabe dirigir e que mesmo depois de casada leva a mãe para morar com ela. Tudo bem falar que com lingerie da Hope fica muito mais fácil convencer seu marido do que você quer, mas posicionar a mulher como totalmente dependente dele já é outra coisa.
Vivemos no séc 21, nenhuma mulher em sã consciência usa mais o cartão de crédito ou o carro do marido, usa o dela e não dá satisfação do que foi feito com eles. Mostrar esse tipo de esteriótipo machista da mulher foi uma estratégia extremamente falha e que vai tornar ruim a imagem da marca pois ela vai ser associada com palavras como machismo e ultrapassada.
Para salvar sua imagem, a Hope precisa se redimir com as consumidoras e criar uma nova campanha surpreendente, inovadora e digna de um "desculpa mulheres do Brasil".
Essa é parte de uma campanha australiana, feita durante a época de eleições no país. Aproveitando o momento, a m&m´s resolveu fazer uma eleição entre seus próprios personagens, representados pelas cores do doce. O vermelho, claro, ficou sendo o candidato que remete a revolução socialista russa por razões obvias (ele é vermelho). A fonte, o fundo dando extremo destaque ao líder supremo e a massa de trabalhadores embaixo também contribuem como forma de intertexto com a relação entre a propaganda e a revolução russa. Achei muito interessante toda a campanha e como eles usaram o momento de eleições para fazer uma campanha ao mesmo tempo divertida e que incentivasse as pessoas a votar. Como parte desse incentivo, foi feita uma promoção na qual as pessoas votavam e no final alguém ganhava dinheiro.
Inventar essas personagens-m&m´s foi a melhor estratégia da marca pois é uma coisa que se adapta a qualquer situação (eleição, natal, etc) e que é divertido, criativo e interessante. Além deste existem outros candidatos, cada um usando sua cor ou, no caso da verde, seu gênero para defender uma visão política e, ainda assim, vender m&m´s. Abaixo os outros candidatos da campanha.
Aproveitando o clima da semana o rock in rio nao podia deixar de ser comentado....depois de varias edições o evento finalmente volta ao seu lugar de origem e atrai milhares de fãs. O famoso slogan "eu vou" foi explorado nessa propaganda ao usar o "voltei", como se dessa vez fosse o festival falando com os fãs e isso deixou a propaganda leve e divertida.
Outra coisa que me chamou atenção foi a imagem de fundo, que tem mais destaque que a mulher. Os publicitarios decidiram apelar para o lugar (finalmente o rock in rio aconteceu in rio...a parte do rock já é outro assunto....) para atrair o seu público.
O rock in rio deveria se chamar music in rio porque, ate que provem o contrario, Katy Perry, Rihanna, Claudia Leite e Ivete Sangalo não cantam rock...mas tudo bem, qualquer coisa é desculpa para comprar oingresso, ir pros confins da Barra da Tijuca, ficar horas na fila e assistir um show de axé num evento de rock...show esse que poderia ser visto em época de carnaval muito mais barato. O fato é que a maioria das pessoas não vai ao evento simplesmente pelo amor a musica, e sim para fazer parte do evento, andar na roda gigante e ser esmagada por um mar de gente.
O que leva a crer que o motivo real para as pessoas irematé o rockin rionão é a paixão pelo ídolo e sim um enorme esforço de uma equipe de publicitários que conseguiram transformar um simples festival em um espetáculo internacional.
Essa propaganda da Brahma mostra que nem sempre as propagandas de cerveja usaram mulheres como símbolo sexual para vender o produto. Aqui o destaque é para o copo de cerveja, pois seu amarelo se destaca do fundo escuro e da roupa branca da própria mulher. O que é vendido é, de fato, o produto e de acordo com as suas qualidades.
A mulher aparece como um símbolo de sofisticação e qualidade, como algo que deve ser respeitado e apreciado, e não como é feito hoje em dia, um pedaço de carne cobiçado por todos os homens. O machismo nas propagandas de cerveja atuais é infinitamente maior que o das propagandas antigas, e antigamente o machismo na sociedade era muito maior que hoje...
Pode-se concluir então que antigamente a mulher servia para associar símbolos de sofisticação e classe ao produto, enquanto hoje serve para chamar atenção do público masculino.
Esse é um blog dedicado a analisar propagandas interessantes, atuais ou nao. Já aviso logo que nao vou perder meu tempo falando de teorias chatas ou filosofando sobre por que determinada coisa é azul em vez de amarela. Como futura publicitária, sei que algumas coisas sao SIM mera coincidencia do destino e não adianta ficar decadas filosofando sobre isso. O blog é estruturado em três semi-tópicos: "Dizem por aí", que apresenta uma propaganda muito recente e interessante, "Recordar é viver", que mostra propagandas que marcaram época e, finalmente " em outras línguas", que apresenta propagandas de produtos que sejam veiculadas em países diferentes. Pretendo escrever de forma leve e divertida, pois odeio textos massantes e chatos. Espero que gostem.